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sábado, 11 de dezembro de 2010

Apocalipse - Cap 4 - ***A visao do Trono de Deus

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Depois destas coisas, olhei, e vi que estava uma porta aberta no céu, e a primeira voz que ouvi, como de som de trombeta falando comigo, disse: Sobe para aqui, e te mostrarei as coisas que depois destas devem acontecer. Imediatamente fui arrebatado em espírito, e um Trono estava posto no céu, e Alguém assentado sobre ele.”Apocalipse 4:1-2.



Depois de presenciar e registrar a avaliação de Deus acerca das igrejas da Ásia, João é subitamente arrebatado em espírito ao céu. É lhe dito que a partir daquele momento, ele assistiria ao que deveria suceder ao mundo, após Deus ter começado o Seu juízo por Sua própria Casa, a Igreja. Uma vez que a Casa estava em ordem, chegara a hora de julgar as nações, começando por Israel, e sua capital, Jerusalém.

Antes, porém, João precisava compreender que por trás de todo juízo, há um propósito redentor, e que, o destino das nações estava bem seguro nas mãos d’Aquele que recebera do Pai toda a autoridade nos céus e na terra. Por isso, antes de assistir às manifestações dos juízos divinos, João precisava receber algumas revelações preliminares.

A primeira dessas revelações foi acerca do Governo de Deus sobre o Universo. Chegando às regiões celestes, João viu o que poucos homens puderam ver: o Trono de Deus. E ele faz questão de frisar que havia Alguém assentado ali. O Trono não estava vazio. “Alguém”, e não “algo”, estava no comando de toda a situação. Não se trata de uma força impessoal, como defendem os seguidores da Nova Era e de algumas seitas orientais, mas de um Ser Pessoal, que tem nas mãos as rédeas do destino de toda a Sua Criação. A mensagem subliminar que encontramos nesta passagem é: “Está tudo sob controle.” As coisas não acontecem por acaso, nem tampouco são frutos de contingências. Há um Deus que não apenas assiste à história da Criação, mas também a dirige, e, de certo modo, a protagoniza.

· O Significado de Sua Aparência

Embora João não se preocupe em nos dar a identidade d’Aquele que estava no Trono, podemos afirmar com convicção, que se trata do próprio Senhor Jesus, em Seu estado de glória. João se limita a descrever a aparência d’Aquele glorioso ser: “E o que estava assentado era, na aparência, semelhante a uma pedra de jaspe e de sardônio” (v.3a).


· O Sardônio

Para entendermos o significado destas pedras preciosas, precisamos recorrer ao Antigo Testamento. Em Êxodo 28:15-21 lemos que o peitoral usado pelo Sumo Sacerdote exibia doze pedras preciosas, arrumadas em quatro fileiras, que simbolizavam as doze tribos de Israel. A primeira delas era o sardônio, uma pedra de cor avermelhada, e que tinha gravado o nome de Rúben, o primogênito de Israel. A pedra vermelha como sangue aponta para a expiação realizada por Cristo na Cruz, em Sua primeira vinda. Por causa de Sua morte e ressurreição, Ele foi chamado de “o primogênito dentre os mortos” (Col.1:18; Ap.1:5). Cristo é o “primogênito” do Novo Israel, e da Nova Criação, assim como Rúben era o primogênito dos filhos de Jacó. Ser o primogênito Lhe confere uma posição de primazia sobre a herança de Deus. Referindo-se ao Filho, o escritor de Hebreus diz que Deus o “constituiu herdeiro de tudo, por quem fez o mundo (...) ao introduzir o primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem” (Hb.1:2b, 6b). Infelizmente, muitos entendem de maneira errada a herança que Deus legou a Cristo, e que por sua vez, foi estendida a nós. A maioria dos cristãos buscam espiritualizar esta herança. É verdade que as Escrituras falam de uma “herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, guardada nos céus” (1 Pe. 1:4), porém esta herança guardada nos céus é ninguém menos que Cristo. Mas as Escrituras também afirmam que Deus, o Pai, disse a Cristo: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os fins da terra por tua possessão” (Sl.2:8). Uma vez que somos co-herdeiros com Ele, podemos inferir que o mundo também é nossa herança (Rm.8:17). Paulo diz que Abraão recebeu de Deus a promessa de que seria “herdeiro do mundo” (Rm.4:13); logo, “se sois de Cristo, então sois descendentes de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gl.3:29). Portanto, o sardônio, a pedra de Rúben, aponta para a primogenitura de Cristo, e Sua primazia sobre toda a Criação, tanto a material, quanto a espiritual. Cristo é, ao mesmo tempo, o Herdeiro e o Testador (Aquele que compõe o testamento que consta a herança). Basta lermos com atenção a passagem que se segue, para termos uma nova compreensão acerca da morte de Cristo:

"Onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador, porque um testamento só é confirmado onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?”
Hebreus 9:16-17.

O sardônio também aponta para a morte de Cristo, através da qual o Testamento foi confirmado, e a herança foi legada àqueles que O reconhecem como Senhor e Herdeiro de tudo. Ele morreu como testador, e ressuscitou como o primogênito da Nova Criação.

· O Jaspe

Última pedra preciosa que compunha o peitoral do Sumo Sacerdote era o jaspe, que trazia o nome de Benjamim, a última das tribos de Israel. Fica claro aqui que a aparência d’Aquele que estava no trono representa o cumprimento do propósito de Deus para a Criação como um todo. Ele é o primeiro e o último, o Alfa e o Ômega, o autor e consumador de todas as coisas. Se o sardônio simboliza Sua primeira vinda, através da qual Ele fez a expiação dos nossos pecados, e confirmou o testamento, o jaspe simboliza Sua segunda vinda, quando Seu propósito restaurador será concluído. Ele começou a boa obra, e há de consumá-la até o dia final.


· A Esmeralda

Além disso, é dito que “ao redor do trono havia um arco-íris semelhante, na aparência, à esmeralda” (Ap.4:3). No peitoral do Sumo Sacerdote, a esmeralda era a pedra de Judá, a tribo de onde viria o Rei. É interessante frisar que o arco-íris contém sete cores, enquanto que, a esmeralda é de cor verde. Como conciliar uma coisa com a outra? Tanto o arco-íris, com suas sete cores distintas, quanto a verde esmeralda possuem um significado comum: esperança.

Aqui, o arco-íris aparece em uma forma completa. Não se trata de um arco, propriamente dito, mas de um círculo perfeito. Talvez, o lado inferior do círculo nada mais seja do que o reflexo do arco-íris no “mar de vidro, semelhante ao cristal” que havia diante do trono (v.6a). Se for assim, podemos dizer que o arco-íris (do lado superior do trono) é a Nova Aliança, cujo reflexo se vê na Antiga Aliança. Tal interpretação encontra apoio em passagens como aquela que claramente afirma que “a lei, tendo a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas” (Hb.10:1a). Referindo-se às ordenanças contidas no Velho Pacto, Paulo diz: “Tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir” (Col.2:17a). Devido à conexão entre o arco-íris ao redor do trono e a esmeralda, que representa Judá, a tribo de onde Jesus originou-Se segundo a carne, podemos inferir que a realidade por trás deste símbolo é o Reino de Deus, que vem aos homens como cumprimento de Sua promessa, contida tanto no Velho quanto no Novo Pacto. Na Antiga Aliança, o Reino se manifestou de forma figurativa através de Davi, e seus sucessores; mas na Nova Aliança, este Reino se manifesta em plenitude, através d’Aquele que é, ao mesmo tempo, o Filho de Deus, e o Filho de Davi.

O arco-íris também aponta para uma nova ordem, que por sua vez, emerge da ordem até então estabelecida. Uma vez que esta velha ordem é alvo do juízo divino, e recebe os golpes de Seu Cetro de Justiça, faz-se mister que uma nova ordem seja instaurada, assim como foi nos dias de Noé. Deus fez uma aliança com toda a Criação após o Dilúvio, garantindo que jamais voltaria a destruí-la novamente. Agora, Deus confirma tal aliança, e assegura que a Nova Criação começada em Cristo jamais poderá ser banida. É bem verdade que a atual criação geme, como se estivesse com dores de parto, porém, nutrindo a esperança de que a corrupção que a mantém cativa há de ser desfeita, assim que os filhos de Deus forem manifestados (Rm.8:19-22).

Até aqui encontramos três pedras preciosas: o sardônio, simbolizando a obra feita na Cruz em Sua primeira Vinda; o jaspe, simbolizando Sua Vinda em glória no último dia; e a esmeralda representando o Seu reino agora. Assim sendo, nestas três pedras encontramos Aquele que era, que é, e que há de vir. Como disse o escritor sagrado: “Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hb.13:8). Ele é o princípio, o meio, e o fim. Como Rúben, Ele é o primogênito (Hb.1:6), a origem de tudo; como Judá, Ele é Aquele que reina, “mediante quem tudo existe” (Hb.2:10), “sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb.1:3). E como Benjamim, Ele é o último, “aquele, para quem são todas as coisas” (Hb.2:10). Resumindo: “Dele, por ele e para ele são todas as coisas” (Rm.11:36a). Todas as coisas são dEle, porque Ele é o primogênito (Criador). Todas existem por meio dEle, porque Ele é quem as governa e sustenta (Rei); e finalmente, todas as coisas são para Ele, porque Ele é o fim objetivo de tudo o que há (Herdeiro).

Um comentário:

  1. MUITO BOM ESTUDO FORTE REVELAÇÃO DO CRISTO COMEÇO MEIO E FIM, ANALOGIA DE AP 4 COM EX 28 FICOU PERFEITO
    TRAZENDO AS 12 TRIBOS, LEMBRANDO QUE HABACUQUE PEDIU PARA DEUS AVIVA A TUA OBRA E AO LONGO OU NO MEIO DOS ANOS A NOTIFICA, JESUS ESTA NO COMEÇO PARA SALVAR E REMIR COM SEU SANGUE, ESTA NO MEIO PARA PROTEGER E ENCORAJAR A PROSSEGUIR, POIS ELE É O LEÃO DA TIBO DE JUDA E ESTA NO FIM ESMERALDA A ESPERANÇA DA IGREJA É A SUA VINDA GLORIOSA PARABÉNS ABRAÇOS...

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