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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Anticristo já está no mundo




Anticristo - Por Frank Brito


A palavra anticristo aparece quatro vezes na Bíblia:

I João 2.18, I João 2.22, I João 4.3 e II João 1.7.

A definição de bíblica dessa palavra é essa:

"Porque  muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo". (II João 1:7)

Quando lemos o artigo definido "o" ou "a" na Bíblia, você não devemos pressupor que a referência seja a um indivíduo único. Vou dar alguns exemplos...

"A mulher virtuosa é a coroa do seu marido; porém a que procede vergonhosamente é como apodrecimento nos seus ossos". (Proverbios 12.4)

Salomão não estava aqui se referindo a uma mulher específica que era virtuosa, mas estava falando de mulheres virtuosas no geral.

"E chegando-se Abraão, disse: Destruirás também o justo com o ímpio?" (Gênesis 18.23)

Abraão não estava se referindo a um único justo ou a um único ímpio. Ele estava falando dos justos e dos ímpios de forma geral.

"O ímpio maquina contra o justo, e contra ele range os dentes, mas o Senhor se ri do ímpio, pois vê que vem chegando o seu dia". (Salmo 37.12-13)

Novamente, a referência aqui é dos ímpios de forma geral e dos justos de forma geral e não somente a um ímpio e um justo específico.



Nós falamos assim também normalmente no português.
Veja essa matéria no site "Mundo Educação":
.
http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/o-negro-1.htm



O nome da matéria é "O Negro". A matérica começa dizendo: "Para explicar a introdução do negro no Brasil, basta mencionar..." O texto não está falando de algum negro específico, mas dos negros em geral.


A definição e anticristo nas cartas de João (os únicos lugares em que essa palavra aparece) não é de um único indivíduo. Isso está claro pela definição dele:

"Porque já muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo". (II João 1:7)

"Anticristo" pra João eram os enganadores que haviam saído pelo mundo. Já eram ativos em seu tempo. Em seu contexto específico, os enganadores eram os gnósticos que defendiam que Cristo não teve um corpo verdadeiramente humano. Não há qualquer definição de "anticristo" além dessa nas cartas de João.

"Anti" significa "contra". "Anticristo" significa "contra Cristo". Qualquer um que seja inimigo do Evangelho é um "Anticristo".



Sem dúvidas, a besta do Apocalipse é um anticristo.

Pois da besta é dito:

"E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome e do seu tabernáculo e dos que habitam no céu". (Apocalipse 13.6)

Mas assim como os anticristos a qual João se referiu em suas cartas já estavam ativos em seu tempo, eu vou agora provar que a bestatambém era contemporânea a João...



No capítulo 17, está o texto chave pra compreender o contexto histórico da besta, idenficiá-la e compreender o cumprimento das profecias do livro inteiro. É a visão da Grande Babilônia: a mãe das prostituições e das abominações da terra.

Não vou entrar em todos os detalhes aqui porque seria muito longo. Mas antes de entrar nisso quero enfatizar algumas coisas.

Em primeiro lugar, eu quero enfatizar que a regra fundamental de interpretação da Escritura é a mesma Escritura. Portanto, quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura, esse texto deve ser estudado e compreendido por outros textosque falem mais claramente.

O apóstolo João disse: “Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas”. (Apocalipse 1,3) O próprio Jesus diz no final do livro: “Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro”. (Apocalipse 22,7) O Apóstolo Paulo ensinou: “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra”. (II Timóteo 3.16-17) Como parte das Sagradas Escrituras, o livro de Apocalipse é, sem dúvidas, um importante para vida do cristão.

Mas não é um livro fácil. A dificuldade em compreender o Apocalipse é que a sua mensagem é quase inteiramente transmitida em símbolos. Mas o seu enorme simbolismo não deve ser justificativa para interpretarmos as coisas segundo a nossa própria mente autônoma. 



Pedro avisou claramente:

"sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo".(2Pe 1:20-21)



Pra evitar especulações e fantasias, o Apocalipse precisa ser estudado e compreendido dentro do que o livro mesmo diz internamente comparando com outras Escrituras.

Durante o seu ministério Jesus também falava muito por meio de símbolos - as parábolas. Uma explicação muito comum, mas equivocada sobre o uso de parábolas no ministério de Jesus era que as parábolas supostamente facilitariam o entendimento da população que ouvia Jesus, pois transmitia os ensinamentos por meio de comparações baseadas na vida comum de seus ouvintes.

Todavia, tal é uma explicação equivocada:

“E chegando-se a ele os discípulos, perguntaram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; pois ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e ouvindo, não ouvem nem entendem”.(Mateus 13.10-13)

Jesus não usava parábolas pra facilitar a compreensão das verdades espirituais, mas para dificultar a compreensão. O motivo pelo qual muitos cristãos acreditam que o objetivo das parábolas era facilitar a transmissão da mensagem é que na Bíblia costuma haver a explicação das parábolas. Todavia, esse não era o caso dos que ouviram as parábolas pela primeira vez. Por exemplo, na parábola da semente sendo lançada no caminho, a semente representa a Palavra de Deus. Mas isso só foi explicado para os discípulos em particular. Para os ouvintes originais não seria tão obvio o significado da semente na parábola de Jesus.



Para compreender uma parábola, era preciso muita reflexão. Uma pessoa que verdadeiramente buscasse a Deus iria pensar, refletir, buscar e perguntar até que ele consiga encontrar o sentido da parábola. Tendo encontrado o sentido, ele irá refletir sobre o significado encontrado até que ele consiga compreender o máximo possível sobre Deus mediante a nova informação adquirida. Uma mente carnal não teria disposição suficiente pra se esforçar e buscar em Deus até descobrir o sentido da parábola. O que Jesus disse é que ele queria que o sentido da parábola tivesse fechado para as mentes carnais.

Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos. E isso foi feito de propósito por Deus. Quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura, esse texto deve ser estudado e compreendido por outros textos que falem mais claramente. Mas mentes carnais não tem disposição pra essa reflexão toda. O que eles querem é simplesmente que a sua preferência pessoal seja verdadeira. A sabedoria de Deus permanece oculta pra eles.



No capítulo 17, está o texto chave pra compreender o contexto histórico da besta, idenficiá-la e compreender o cumprimento das profecias do livro inteiro. É a visão da Grande Babilônia: a mãe das prostituições e das abominações da terra.

Nessa visão, João vê uma prostituta no deserto montada na besta.

A primeira coisa que precisamos notar nesta visão é o local. João viu a mulher cavalgando a besta no deserto. João já havia falado no deserto antes no livro. E já havia falado de uma mulher no deserto.



E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias”.(Apocalipse 12.6)“E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente”.(Apocalipse 12.14)

A maior parte dos símbolos do Apocalipse foi tirado do Antigo Testamento em contextos que explicam o sentido de tais símbolos de forma que tenhamos base pra compreender o que o símbolo significa quando aparece Apocalipse. É a Escritura interpretando a Escritura. Esse é o caso da visão da mulher que fugiu para o deserto, com duas asas da grande água. Isso é uma referência ao que encontramos no livro de Êxodo:

“Então subiu Moisés a Deus, e do monte o Senhor o chamou, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel: Vós tendes visto o que fiz: aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim”.(Êxodo 19.3-4)

Em Deuteronômio, lemos mais claramente sobre o significado dessa comparação:

“Porque a porção do Senhor é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança. Achou-o numa terra deserta, e num erma de solidão e horrendos uivos; cercou-o de proteção; cuidou dele, guardando-o como a menina do seu olho. Como a águia desperta o seu ninho, adeja sobre os seus filhos e, estendendo as suas asas, toma-os, e os leva sobre as suas asas, assim só o Senhor o guiou, e não havia com ele deus estranho”.(Deuteronômio 32.9-12)



Assim como a águia cuida de seus filhos e leva os seus filhos sobre as suas asas, assim também o Senhor cuidou de Israel e o tirou da escravidão do Egito. Quando o Apocalipse fala da mulher fugindo para o deserto e sendo levada por duas asas da grande águia, nós devemos entender que a referência seja a Israel e que o que Israel passaria, seria análogo ao que Israel passou no deserto depois de ser liberto do Egito. A identificação dessa mulher com Israel fica ainda mais evidente pelo que é dito na abertura da visão:

“E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estando grávida, gritava com as dores do parto, sofrendo tormentos para dar à luz. Viu-se também outro sinal no céu: eis um grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas... e o dragão parou diante da mulher que estava para dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe devorasse o filho. E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono”.(Apocalipse 12.1-5)

A referência ao sol, lua e doze estrelas é uma referência a visão que teve José, filho de Jacó:

“Teve José outro sonho, e o contou a seus irmãos, dizendo: Tive ainda outro sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam perante mim”. (Gênesis 37.9)

O sonho de José se cumpriu depois de ter sido vendido como escravo ao Egito e virado governante. Sua família acabou se tornando economicamente dependente dele pra fugir da fome e por isso em seu sonho, o sol, a lua e as estrelas se inclinam perante ele. O sol representava seu pai Jacó, a lua representava sua mãe Rebeca. As onze estrelas representavam seus irmãos que o venderam como escravo ao Egito.



Deus mudou o nome de Jacó pra Israel e os seus doze filhos deram origem às doze tribos de Israel. A mulher da visão de João é claramente Israel. Foi a nação de Israel que deu à luz Jesus.

“Os quais são israelitas, de quem é a adoção, e a glória, e os pactos, e a promulgação da lei, e o culto, e as promessas; de quem são os patriarcas; e de quem descende o Cristo segundo a carne, o qual é sobre todas as coisas, Deus bendito eternamente”.(Romanos 9.4-5)

Então até agora sem fantasias, identificamos a mulher de Apocalipse 12 que fugiu para o deserto. Identificamos somente com referências a outros textos bíblicos que esclarecem o significado dos símbolos apocalípticos.

É importante notar que a visão da besta que sobe do mar e da besta que sobe da terra (chamado de falso profeta no resto do livro) vemlogo após a visão da fuga da mulher para o deserto. A visão da mulher que foge para o deserto está no capítulo 12. A visão das da besta que sobe do mar e da besta que sobe da terra (o falso profeta) está no capítulo 13.



Essa posição das visões não é em vão. O Apocalipse está fazendo uma analogia em relação ao que Israel passaria com o que Israel passou no deserto quando foi liberto da escravidão do Egito. As duas bestas fazem parte dessa analogia. Quando Israel esteve no deserto após ser liberto do Egito, também teve que enfrentar dois inimigos: Balaque que era rei de Moabe e Balaão que era um falso profeta.

Vocês devem lembrar da História.

Quando os israelitas chegaram às planícies de Moabe, os moabitas fizeram aliança com os midianitas. Balaque era rei de Moabe e conseguiu que anciões das duas nações fossem comprar os serviços do falso profeta Balaão. O objetivo era que ele, com suas feitiçarias, lançasse maldições sobre os israelitas. As coisas não deram muito certo até que sob o conselho de Balaão, os midianitas enviaram suas mulheres ao acampamento para se prostituir com os israelitas e levá-los ao culto a Baal, o deus dos moabitas e midianitas.

O livro de Números nos conta do trágico resultado para muitos israelitas que caíram na armadilha:

“Eis que estas foram as que, por conselho de Balaão, fizeram que os filhos de Israel pecassem contra o Senhor no caso de Peor, pelo que houve a praga entre a congregação do Senhor”.(Números 31.16)



O Apóstolo Paulo comentou o caso:

“Pois não quero, irmãos, que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar; e, na nuvem e no mar, todos foram batizados em Moisés, e todos comeram do mesmo alimento espiritual; e beberam todos da mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os acompanhava; e a pedra era Cristo. Mas Deus não se agradou da maior parte deles; pelo que foram prostrados no deserto. Ora, estas coisas nos foram feitas para exemplo, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos torneis, pois, idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar. Nem nos prostituamos, como alguns deles fizeram; e caíram num só dia vinte e três mil”. (I Coríntios 10.1-8)

Esse é o pano de fundo para a visão das duas bestas que aparece após a visão da fuga da mulher para o deserto. É por isso que Jesus avisa no começo do Apocalipse:

“Sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; mas reténs o meu nome e não negaste a minha fé, mesmo nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. entretanto, algumas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem”.(Apocalipse 2.13-14)

Assim como Israel teve que enfrentar Balaque e Balaão no deserto, teriam que enfrentar agora a besta e o falso profeta.



Precisamos identificar agora a besta, o falso profeta e a outra mulher que está no deserto também, mas é uma prostituta.

“... e adoraram o dragão, porque deu à besta a sua autoridade; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? quem poderá batalhar contra ela?”(Apocalipse 13,4)

Quando João teve a visão de uma prostituta cavalgando a besta, ele não compreendeu e ficou perplexo. Mas o anjo explica o seu significado no capítulo 17.

O anjo explica que as sete cabeças da besta representavam, em primeiro lugar, sete montes. A cidade de Roma era e ainda é mundialmente conhecida como “a cidade dos sete colinas”, pois Roma é cercada por sete montes. Os escritos da Antiguidade também chamavam Roma de Septiceps, “a cidade de sete cabeças” em referência aos montes, a mesma comparação que existe aqui. Os montes são:

1. Capitolinus
2. Palatinus
3. Aventinus
4. Esquilinus
5. Coelius
6. Viminalis
7. Quirinalis

Além disso, o anjo o revela que as sete cabeças representavam sete reis dos quais cinco já haviam caído"são também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo".(Ap 17)

Este é o texto chave pra compreender o contexto histórico do cumprimento das profecias do Apocalipse. Esse texto mais do que qualquer outro motra que a besta era contemporânea a João e não algo futuro a nós no século XXI. Pois o anjo explica claramente aquilo que fora revelado em símbolos, “são também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo”.A besta era o Império Romano.

Repetindo:

A besta era o Império Romano.

As sete cabeças são os sete primeiros imperadores desde que o Império foi estabelecido por Julio César como os registros históricos nos mostram:

1. Julio
2. Augusto
3. Tibério
4. Gaio
5. Claudio
6. Nero
7. Galba



Sendo assim, quando João recebeu essa revelação, Julio César, Augusto, Tibério, Gaio
e Claudio já haviam caido. Nero estava no trono.

Isso é confirmado pelo que diz sobre o número da besta:

"Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número éseiscentos e sessenta e seis". (Apocalipse 13.18)

Nero César, em hebraico, era Nrwn Qsr. Lembremos que em todos os idiomas antigos, cada letra era equivalente a um número. Até hoje usamos o sistema romano. No caso de Nrwn Qsr, seu nome equivale exatamente a seiscentos e sessenta e seis.



E isso é ainda mais confirmado por outra questão. O anjo havia explicado que depois do quinto rei, o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo".

Em 68 d.C., após o suicídio do imperador Nero, o Imério Romano quase entrou em colapso. Foi o chamado Ano dos Quatro Imperadores. Entre junho de 68 e dezembro de 69, Roma testemunhou a ascensão e queda de três imperadores até que o Império se establizou com Vespasiano.

Conforme avisado pelo anjo, o sétimo Imperador, Galba permaneceu no poder só por sete meses. O Império estava em ruinas e sob perigo de acabar com a morte de Nero.

É sobre isso o que o Apocalipse fala: "Também vi uma de suas cabeças como se fora ferida de morte, mas a sua ferida mortal foi curada. Toda a terra se maravilhou, seguindo a besta".(Apocalipse 13.3)

A besta, o Império Romano, se estabilizou com Vespasiano no final de 69.



Com isso em mente, o caminho está aberto pra identificar a prostituta.

Já comentamos a visão da mulher que foge para o deserto e que ela representa Israel. No sétimos capítulo, João já havia tido outra visão significante sobre Israel:

"Depois disto vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, tendo o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, quem fora dado que danificassem a terra e o mar, dizendo: Não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que selemos na sua fronte os servos do nosso Deus. E ouvi o número dos que foram assinalados com o selo, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos dos filhos de Israel: da tribo de Judá havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; da tribo de Zabulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil assinalados”.(Apocalipse 7.1-8)

O texto começa falando sobre quatro anjos. Os quatro anjos recebem ordens de que deveriam procrastinar o juízo até que uma quantidade específica de pessoas fosse selada. Tais pessoas eram das tribos de Israel.



Essa visão nos remete a visão que teve o profeta Ezequiel:

“E a glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, e passou para a entrada da casa; e clamou ao homem vestido de linho, que trazia o tinteiro de escrivão à sua cintura. E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. E aos outros disse ele, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele, e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais. Matai velhos, mancebos e virgens, criancinhas e mulheres, até exterminá-los; mas não vos chegueis a qualquer sobre quem estiver o sinal; e começai pelo meu santuário. Então começaram pelos anciãos que estavam diante da casa”.(Ezequiel 9.3-6)

O texto fala da destruição de Jerusalém e do templo que ocorreu mediante a invasão Babilônica. Mas a destruição não veio sobre os judeus completamente. Um remanescente foi poupado. Os remanescentes eram os arrependidos e na visão de Ezequiel estes foram“selados”. Como disse Isaías:

“Se o Senhor dos exércitos não nos deixara alguns sobreviventes, já como Sodoma seríamos, e semelhantes à Gomorra”. (Isaías 1.9)

E também:

“Um resto voltará; sim, o resto de Jacó voltará para o Deus forte. Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, só um resto dele voltará. Uma destruição está determinada, trasbordando de justiça”. (Isaías 10.21-22)

Deus não destruiu Israel completamente como fez com Sodoma e Gomorra, mas deixou um remanescente.



Paulo explica o significado desses remanescentes:

“E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas; nem por serem descendentes de Abraão são todos seus filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus; mas os filhos da promessa são contados como descendência”. (Romanos 9.6-8)

E também:

"Deus não rejeitou ao seu povo que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como ele fala a Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e procuraram tirar-me a vida? Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil varões que não dobraram os joelhos diante de Baal. Assim, pois, também no tempo presente ficou um remanescente segundo a eleição da graça. Mas se é pela graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Pois quê? O que Israel busca, isso não o alcançou; mas os eleitos alcançaram; e os outros foram endurecidos". (Rom 11:2-7)

Essa fora a situação de Israel em toda sua História e foi a situação de Israelno deserto quando foi liberta da escravidão do Egito. Alguns foram rebeldes e caíram nas siladas de Balaque e Balaão. Outros foram fiéis a Deus.



Assim também, diz o Apocalipse, seria agora. Os 144.000 selados representam a totalidade dos judeus remanescentes que permaneceram fiéis a Jesus Cristo em contraste com a multidão dos judeus impios que não só cruficiaram o Senhor como também perseguiram os santos apóstolos.

Essa também o signficado da mulher que foge para o deserto. A referência não é a todos os judeus. É somente aos judeus eleitos segundo a eleição da graça que não participaram da apostasia do restante de Israel contra o Senhor.
Esses foram selados e protegidos por Deus. É por isso que logo após a visão da besta no capítulo 13, temos a visão dos 144.000 no monte Sião com o Cordeiro no capítulo 14:

"E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai". (Apocalipse 14;1)

Assim como os servos da besta tinha a marca da besta, assim os servos de Cristo teriam a a marca de Deus nas testas.

NEM A MARCA DA BESTA NEM A MARCA DE DEUS SÃO LITERAL.

Ser marcado pela besta era se vender para o paganismo romano em oposição a Jesus Cristo. Isso daria benefícios econômicos em meio a perseguição. Ser marcado por Deus é ser servo de Jesus Cristo, a parte de todos os danos que isso traria em meio as perseguições.

Em cada geração, Israel teve um remanescente. Não foi diferente no tempo de Cristo. E a cada geração, havia também os judeus apostatas.

Se os judeus eleitos eram a mulher que fugiu para o deserto, os judeus apostatas eram A OUTRA MULHER, A GRANDE PROSTITUTA. Por isso ela estava MONTADA NA BESTA.



"E era a preparação da páscoa, e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso Rei. Mas eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso Rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão César. Então, conseqüentemente entregou-lho, para que fosse crucificado. E tomaram a Jesus, e o levaram". (João 19.14-16)

E a prostituta montou na besta. Por todo Atos dos Apóstolos vemos continuamente a aliança entre os judeus e os romanos pra poder perseguir os cristãos. Não foi diferente de como era antes. Por todo Antigo Testamento, vemos a aliança entre os judeus apostatas e os reis pagãos pra perseguir os judeus fiéis, os profetas



Jesus e os apóstolos avisaram qual seria a consequência dessa aliança:

“Pois vós, irmãos, vos haveis feito imitadores das igrejas de Deus em Cristo Jesus que estão na Judéia; porque também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que elas padeceram dos judeus; os quais mataram ao Senhor Jesus, bem como aos profetas, e a nós nos perseguiram, e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens. e nos impedem de falar aos gentios para que sejam salvos; de modo que enchem sempre a medida de seus pecados; mas a ira caiu sobre eles afinal”. (I Tessalonicenses 2,14-15)



 livro de Atos dos Apóstolos narra a história das primeiras perseguições e mártires da Igreja. Estevão, o primeiro mártir morreu cruelmente apedrejado, sob o consentimento daquele viria a ser o último dos apóstolos: Paulo. “Apedrejavam, pois, a Estevão que orando, dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu. E Saulo consentia na sua morte”. (Atos 7.59-60) Em seguida chegou a vez do Apóstolo Tiago, irmão do discípulo amado: “Por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar; e matou à espada Tiago, irmão de João”. (Atos 12.1-2) E assim, as palavras de Jesus ia se cumprindo: “e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade...” (Mateus 23.34)


Mas Paulo diz que por meio dessas perseguições, eles encheriam a medida de seus pecados, de forma que a ira cairia sobre eles.

Isso é o mesmo que falou Jesus. “Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas. Enchei vós, pois, a medida de vossos pais”. (Mateus 23,31-32)

A linguagem de Jesus lembra o que fora dito por Deus a Abraão: “Na quarta geração, porém, voltarão para cá; porque a medida da iniqüidade dos amorreus não está ainda cheia”. (Gênesis 15.16) Os amorreus eram um povo iníquo. Mas a medida da iniqüidade dos amorreus ainda não estaria cheia até a quarta geração. Deus deu tempo para os amorreus. Tempo até que a sua iniqüidade chegasse ao limite aceitável por Deus para aquele povo até que viesse o tempo de julgá-los. Da mesma forma Jesus avisou aos judeus: “Enchei vós, pois, a medida de vossos pais”. De que forma essa medida estaria cheia? “Eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade”. Foi o mesmo que Paulo disse: “a nós nos perseguiram... de modo que enchem sempre a medida de seus pecados”. (I Tessalonicenses 2,15-16) A conseqüência seria desastrosa: “Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores? Responderam-lhe eles: Fará perecer miseravelmente a esses maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe entreguem os frutos”. (Mateus 21,40-41) “... para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste entre o santuário e o altar. Em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre esta geração. Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste! Eis aí abandonada vos é a vossa casa”. (Mateus 23,35-39)



É sobre isso que o Apocalipse fala:

"E os dez chifres que viste na besta são os que odiarão a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo. Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus". (Apocalipse 17.16-17)

Em 70 AD, Jerusalém caiu, foi invadida pelos Romanos e os judeus que conseguiram sobreviver, foram escravizados pelos Romanos.

Esse é o significado da besta. Esse é o significado da Grande Prostituta.

Depois disso, o que resta profeticamente é a Grande Comissão, o caminho aberto para que todas as nações obedeçam a Jesus Cristo, para que não tenham o mesmo fim que Israel...


Deus seja louvado.




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