Pastor Samuel Câmara: Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
MENSAGEM
Quando a máscara cair
Preletor: Pastor Samuel Câmara
"Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.15-20).
A mídia geralmente se esmera em apontar, agora de um modo muito mais constante, “evangélicos” ou “crentes” que causam espanto e escândalo por causa de seu mau proceder.
Algumas “evangélicas” famosas já declararam que vão desfilar na passarela no carnaval. E alguns outros que se chamam de “crentes” não resistirão, vão cair na farra igualmente.
Esta é uma das razões pela qual, no período do Carnaval, o nome do Senhor é blasfemado. Essa situação de o crente ser nivelado “por baixo” não é nova, tendo incomodado de tal forma o Senhor Jesus que, no Sermão do Monte, Ele se referiu a isso de um modo inequívoco e desafiador.
Ele disse: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos pés de urtiga? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.
Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.15-20).
Quando Jesus compara a vida humana com a árvore e seu fruto, Ele chamava a atenção para o perigo de nos deixarmos enganar pelas aparências, ou seja, de alguém parecer ser um crente, sem o ser de fato.
A diferença entre o verdadeiro e o falso crente seria conhecida pelo fruto, se bom ou mau. Sempre há quem tente se passar por crente, pelo simples fato de adicionar certos ingredientes da vida cristã à sua vida pessoal, ao invés de tornar-se uma nova criatura, sem receber na realidade a transformação de sua própria natureza interior. É o “crente denorex”: parece, mas não é.
Como a “árvore boa produz bons frutos” e “a árvore má produz frutos maus”, assim também é o caráter de uma pessoa; o que ela é, na realidade, mais cedo ou mais tarde será revelado.
Alguém pode até falar de modo correto, agir e viver aparentemente da maneira certa, mas pode ser um “falso profeta” ou falso crente. Em suma, um dia a máscara cai.
Alguém pode ter um bom temperamento, índole gentil, boa educação, mas mesmo assim não ser crente.
Ser crente aponta em primeiro lugar para a transformação interior, para a mudança da própria natureza e da vida toda do indivíduo. Não basta parecer, tem de ser.
Há quem pense ser crente apenas por cumprir certos rituais, como batizar-se, dar o dízimo, pertencer a uma igreja e ir aos cultos, etc. Mas isso pode ser apenas mera simulação do verdadeiro comportamento cristão.
E, se tal é verdade, esse tipo de “crente” pode ser muito mais inimigo da cruz de Cristo que outra pessoa não cristã. De fato, pode ser muito mais perigoso à fé cristã que aqueles que perseguem aberta e injustamente os crentes.
A mensagem de Jesus é clara: se não houver mudança interior pelo novo nascimento, não haverá salvação (Jo 3.3). A pessoa pode até se batizar, mas o que de fato estará acontecendo é que entrará nas águas um “pecador enxuto” e sairá um “pecador molhado”.
Quando a máscara cair e o verdadeiro caráter não transformado for revelado, cumprir-se-á nesse tipo de “crente” o que disse o apóstolo Pedro:
“Melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado. Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: a porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal” (2 Pe 2.20-22).
O verdadeiro crente não usa máscara, pois nasceu de novo: teve os pecados perdoados e o coração transformado. É uma nova criatura: sua nova vida agora é vivida em Cristo, por Cristo e para Cristo.
A nossa alegria não está no Carnaval, mas em Cristo, pois “a alegria do Senhor é a nossa força”.
Portanto, “alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”.
Gostei muito
ResponderExcluirArliton
arliton@ig.com.br