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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O que Jesus virá fazer aqui novamente?



Alguns dizem que Ele vem para estabelecer o Seu reino, que segundo eles, coincidiria com o Milênio. Temos, porém, divergido dessa linha de pensamento, por não estar de acordo com as Escrituras, como veremos a seguir.

Jesus inaugurou o Seu Reino na Terra em Seu primeiro advento. Dizer o contrário é acusá-Lo de ter falhado em Sua missão. Jesus não falhou! Sua primeira mensagem foi: “O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus” (Mc.1:15a). E mais:“Se eu expulso demônios pelo dedo de Deus, certamente a vós é chegado o reino de Deus”(Lc.11:20). Alguns insistem com a idéia de que o Reino de Deus, pregado e demonstrado por Jesus teve de ser adiado, pelo fato dos homens o terem rejeitado. Tal afirmação não tem qualquer respaldo bíblico. Quem rejeitou o reino foram os judeus, e por conta disso, o reino lhes fora tomado, e entregue a um novo povo, que é a Igreja de Jesus, o povo de Deus na Terra, o embrião da Nova Humanidade (Mt.21:43).

Além do mais, quem disse que a chegada e o estabelecimento do reino de Deus dependem da aceitação de quem quer que seja? Ao enviar Seus discípulos, Jesus avisou-Lhes que muitas cidades os rejeitariam, e que ele, em vez de se abaterem, deveriam anunciar aos seus moradores:

“Até o pó que da vossa cidade se nos pegou sacudimos sobre vós. Sabei, contudo, que já o reino de Deus é chegado a vós”.

Lucas 10:11

Portanto, independente da aceitação ou não das pessoas, o Reino de Deus é uma realidade presente.

Alguns, não satisfeitos, poderão argumentar: Jesus disse que o Seu reino não é desse mundo! É verdade. Seu reino não pertence a esse mundo. Ele não foi constituído aqui. Ele pertence a outra ordem. Ele não é fruto de contingências históricas, nem de interesses humanos. Não podemos inferir daí que o Seu reino seja algo a ser concretizado apenas na Eternidade. Conquanto Seu reino não seja deste mundo, ele definitivamente é para este mundo. O mundo não é a sua origem, mas é o seu destino. Se não fosse verdade, não haveria sentido na declaração encontrada em Apocalipse, que diz: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo sempre” (Ap.11:15b).

Não nos resta alternativa, se não descartar a idéia de que Jesus virá para estabelecer aqui o Seu Reino, uma vez que isso, Ele já fez em Seu primeiro advento.

Então, com que objetivo Ele virá?

Muitos afirmam convictamente que Ele vem buscar a Sua igreja. Entretanto, por incrível que pareça, não há qualquer passagem bíblica que embase tal afirmação. Talvez até haja algumas que, de primeira mão, pareçam dizer isso. Porém, se dermos uma segunda olhada, verificaremos que não é isso que dizem.
Jamais foi pretensão de Cristo tirar-nos deste mundo. Em Sua célebre oração sacerdotal, Ele pede: “Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal” (Jo.17:15). Convém lembrar o magnífico Salmo que diz: “Os mais altos céus são do Senhor, mas a terra deu-a ele aos filhos dos homens” (Sl.115:16). Particularmente, não creio que tenha havido alguma mudança de planos. Se houvesse, Jesus não teria dito: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mt.5:5).

Mas não foi o mesmo Jesus que disse: “Vou preparar-vos lugar” (Jo.14:2)? É verdade. E disse mais: “E se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também” (v.3).

Como conciliar esta afirmação com o que temos dito até aqui? O fato é que Jesus não estava falando da Sua segunda Vinda, e sim da vinda do Espírito Santo, que falaria em Seu nome, e possibilitaria tal comunhão entre Cristo e Sua igreja, que onde quer que Ele estivesse, ali estariam todos os Seus. Confiramos o texto: “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que esteja convosco para sempre, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece. Mas vós o conheceis, pois habita convosco, e estará em vós. Não vos deixareis órfãos; virei para vós. Ainda um pouco e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis. Porque eu vivo, vós também vivereis (...) Se alguém me amar, guardará a minha palavra. MEU Pai o amará, e VIREMOS para ele e nele faremos morada”(vv.16-19,23).
Será que estamos tentando forçar o texto? Acredito que não. O texto fala por si mesmo. Forçar o texto é pinçar apenas uma parte dele, e tentar fazer com que ele diga o que não está dizendo. Está mais do que claro que Jesus está falando da vinda do Espírito Santo, através do qual tanto o Pai quanto o Filho viriam e fariam morada em nós. Convém observar ainda a frase: “Porque eu vivo, vós também vivereis”. Ela encontra eco nas palavras registradas por Paulo: “A vossa vida está oculta com Cristo em Deus” (Cl.3:3b). Nesse mesmo texto, o apóstolo afirma que fomos ressuscitados com Cristo, e que por isso, devemos considerar as coisas de cima, e não as terrenas. Afinal, não apenas ressuscitamos com Ele, mas fomos elevados aos lugares celestiais, e agora, nesse exato momento, estamos lá assentados em Cristo Jesus (Ef.2:6). Ele cumpriu o que nos prometeu. Ele nos levou conSigo, e nos fez assentar nos lugares celestiais, no lugar que Deus nos preparou. Tal verdade é ainda confirmada pelo escritor de Hebreus, que diz:
“Mas tendes chegado ao monte São, à cidade do Deus vivo, à Jerusalém Celestial, e aos muitos milhares de anjos (...) Pelo que, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça”.

Hebreus 12:22, 28a


Em Cristo atravessamos os portões da Cidade Celestial, e tornamo-nos seus habitantes. Portanto, em vez de dizer que Cristo vem buscar a Sua Igreja, melhor seria dizer que Ele virá encontrar-Se conosco visivelmente.
Busquemos, então, nas Escrituras, as razões pelas quais Ele virá ao mundo segunda vez.

1. Ele virá revelar-Se visivelmente à Sua Igreja a ao mundo – Embora Ele esteja conosco todos os dias, conforme o prometido, ainda estamos privados de Sua presença visível. Ao vir nas nuvens dos céus, “todo o olho o verá” (Ap.1:7). Será maravilhoso vê-lO em toda a Sua glória. “Agora”, como disse Paulo, “vemos em espelho, de maneira obscura; então veremos face a face” (1 Co.13:12). Na mesma oração em que Jesus pede para que não nos tire do mundo, Ele também roga ao Pai: “Quero que onde eu estiver, estejam também comigo aqueles que me deste, para que vejam a minha glória, a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (Jo.17:24). Ver o Senhor será um prazer inefável e inigualável. E não apenas isso. “Quando ele se manifestar”, afirma João, “seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1 Jo.3:2b). A visão beatífica nos proporcionará uma plena transformação. Seremos transfigurados, assim como Jesus o foi no monte, diante dos Seus discípulos.

2. Ele virá concluir a obra da redenção – Até o momento, a redenção está limitada ao nosso espírito. Entretanto, a obra consumada na Cruz abrange também o nosso corpo físico. Essa promessa justifica o fato de gemermos “em nós mesmos, aguardando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm.8:23). Ao despontar nas nuvens do céu, o Senhor Jesus Cristo“transformará o nosso corpo de humilhação, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp.3:21). Em posse de novos corpos, estaremos definitivamente livres, não apenas da condenação e do poder do pecado, mas também de sua malévola presença.

Esta obra de redenção não se limita ao nosso corpo, mas a todo cosmos. Será o tempo da restauração de todas as coisas (At.3:21). Ele não virá destruir o mundo, como pensam alguns, e sim, concluir a obra de restauração iniciada pela Sua Igreja no poder do Espírito Santo. E assim, “a própria criação será libertada do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm.8:21). Será o momento do parto do novo mundo, recriado em Cristo Jesus. Nesse momento, o novo mundo está sendo gerado no útero da atual criação, sob os cuidados da Igreja de Deus, a Nova Humanidade, a Civilização do Reino.
3. Ele virá julgar os vivos e os mortos (At.10:42; 1 Pe.4:5) – O Juízo Final não será um evento à parte da segunda vinda de Cristo. Tanto a Vinda, a ressurreição dos mortos (tanto dos justos quanto dos injustos), e o Juízo Final ocorrerão no chamado “Dia do Senhor”, ou simplesmente “O Último Dia” (Confira João 5:27-29; 11:24). E por quê se diz que Ele vem julgar os vivos e os mortos, se em Sua Vinda todos ressuscitarão? Simplesmente pelo fato de que alguns, ao ressuscitarem corporalmente, já terão experimentado a ressurreição espiritual, quando se sua conversão, enquanto que outros, mesmo ressuscitando corporalmente, continuarão espiritualmente mortos. Embora os verdadeiros crentes em Jesus jamais corram o risco de serem condenados nesse Juízo, não podemos nos esquecer de “todos devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Co.5:10). Expressões como “Tribunal de Cristo”,“Grande Trono Branco”, “Juízo Final” falam de um mesmo acontecimento, que ocorrerá na Vinda de nosso amado Salvador. Não devemos separar esses dois eventos, como fazem alguns. Foi o próprio Jesus quem afiançou: “Quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. Todas as nações se reunirão diante dele, e ele apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas”(Mt.25:31-32).




dispensacionalista. É tudo muito elegante, bem construído, mas sinceramente, não resiste a um exame mais acurado. Há uma pecinha sobre a qual o prédio inteiro está fundamentado. Se mexermos nela, não fica pedra sobre pedra. O dispensacionalismo está construído sobre a premissa de que Deus tenham dois povos na terra, Israel e a Igreja. É baseado nisso que há a necessidade de duas vindas de Cristo, duas ressurreições, reconstrução do templo em Jerusalém, etc.

Em pensar que a igreja cristã viveu 1800 anos sem esta doutrina...

O problema é que estamos tão condicionados a ela que não conseguimos vislumbrar outras possibilidades interpretativas.


Quando a Escritura afirma que a terra e o céu passarão, está se referindo à ordem neles estabelecida.



Por exemplo: o mundo dos tempos de Noé acabou quando Deus enviou o Seu julgamento através do dilúvio. De Adão a Noé foi estabelecida uma ordem no caos. Por essa ordem, o pecado se multiplicou. Por isso Jesus diz:



“Como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos - assim será também a vinda do Filho do homem.”

MATEUS 24:37-39.



Havia uma ordem estabelecida naquele mundo antigo.



Quando Jesus diz que eles comiam e bebiam e se davam em casamento, Ele não está condenando esses costumes, como se fossem pecaminosos. O que Jesus quer deixar claro é que havia uma ordem na sociedade daquela época. Eles não eram seres irracionais. Eles se organizavam em uma sociedade bem ordenada, mas que excluía Deus de seu contexto. Até que Deus enviou o dilúvio e destruiu aquele mundo.

Pedro escreve:



“Deus...não poupou o MUNDO ANTIGO, embora preservasse a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios.”

II Pedro 2:5.



Deus não destruiu o mundo (kosmos), e sim o “mundo dos ímpios”. Aquela ordem social precisava ser desfeita, pois não incluía o Criador. Deus pretendia, através de Noé, estabelecer um novo mundo, uma nova ordem de coisas. Assim também, como foi nos dias de Noé, Deus enviou Seu Filho Jesus para destruir o velho sistema, e edificar, através da Igreja, uma nova humanidade, uma nova civilização.

Pedro ainda escreve:



“Sabei primeiro que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem COMO DESDE O PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO. Eles, de propósito, ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a Antigüidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água, e no meio da água subsiste. Por essas coisas também pereceu o MUNDO DE ENTÃO, coberto pelas águas do dilúvio. Mas os céus e a terra que existem agora, pela mesma palavra, têm sido guardados para o fogo...”

II PEDRO 3:3-7.



O “mundo de então”, que foi destruído pelas águas do dilúvio, é uma referência à ordem social e espiritual vigente nos dias de Noé. Da mesma forma, o mundo dos dias de Pedro, e da Igreja Primitiva haveria de perecer. Aquela ordem estabelecida pela Lei Mosaica já estava obsoleta, e por isso, prestes a findar.



De acordo com Pedro, muitos escarnecedores não compreendiam isso. Eles achavam que o fim daquela Era deveria ser uma espécie de cataclismo cósmico, envolvendo todo o mundo material. Pedro, no afã de esclarecer a Igreja acerca disso, procurou mostrar que o fim daquela Era seria semelhante ao fim do mundo pré-diluviano.

Creio que jamais foi a intenção de Deus destruir o Cosmos. Pelo contrário, Sua intenção sempre foi restaurá-lo.


“Mas o dia do Senhor virá como um ladrão. Os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nelas há, serão descobertas. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas não deveis ser em santidade e piedade, aguardando, e desejando ardentemente a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se dissolverão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça.” (II Pedro 3:10-13)



Parece-me que este texto deve ter inspirado muitos filmes de Hollywood . São cenas realmente espetaculares!



Imagine os céus se dissolvendo e passando com grande estrondo! Os elementos ardendo e se desfazendo!



Não seria este texto a prova de que Deus prepara o mundo para viver um colapso? De primeira mão, a resposta parece ser “sim”. Tudo parece indicar que o que Deus tem reservado para o universo atual é a destruição completa. Porém, precisamos avançar, e descobrir o que realmente Pedro deseja transmitir-nos neste texto.



Primeiro, temos que entender o significado da palavra “elementos”. Para os teólogos literalistas, o apóstolo está falando das partículas subatômicas que formam a matéria. Para eles, todo o universo físico vai simplesmente dissolver. O fato é que a palavra “elementos” é a tradução do vocábulo grego stoicheia , que em nenhum texto bíblico é usado em conexão com o mundo físico.

É interessante ressaltar que em todo o Novo Testamento, a palavra “elementos” (stoicheia) sempre é usada em conexão com a ordem da Antiga Aliança. Por exemplo: Paulo usa este termo quando escreve aos Gálatas, defendendo a liberdade cristã oferecida pela Nova Aliança, e combatendo a idéia de que o cristão precisaria guardar a Lei a fim de ser justificado. Ali, ele escreve:



“...Quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão, debaixo dos rudimentos ( stoicheia ) do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei...Mas agora, conhecendo a Deus, ou antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos”.

GÁLATAS 4:3-5a-9-10.



Combatendo os mesmos princípios legalistas que sorrateiramente queriam adentrar o arraial dos santos, Paulo escreve aos Colossenses:



“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos ( stoicheia ) do mundo, e não segundo Cristo...Se estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo( stoicheia ), por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo, como: não toques, não proves, não manuseies?”

COLOSSENSES 2:8,20-21.



Estes textos já são suficientes para comprovar que a palavra stoicheia, usada por Pedro, traduzida em nossa língua por elementos ou rudimentos, não tem nada a ver com o universo físico, e sim, com o sistema da Antiga Aliança, que terminou com a queda do templo em 70 d.C.

Com a queda de Jerusalém, o julgamento de Deus caiu sobre Israel. Aquele foi o fim da Era judaica. A Antiga Aliança havia ficado antiquada, obsoleta, e precisava dar lugar à Nova Aliança (Hb.8:13). O Velho Templo já não suportava mais reformas (a última havia sido feita por Herodes!). Agora, Deus havia edificado um novo templo, feito de pedras vivas, que jamais seria derrubado. Enfim, um novo céu, e uma nova terra.


Em momento algum me posicionei contrário ao arrebatamento em si. O problema é transformá-lo num evento à parte, ou numa primeira fase da volta de Cristo.

De fato, seremos arrebatados, mas isso não se dará numa ocasião distinta da volta de Cristo.


O pós-milenismo não tem nada a ver com as doutrinas espúrias das testemunhas de Jeová. Eles crêem, por exemplo, que apenas 144 mil serão salvos, e outras coisas mais que advém de uma interpretação literal do Apocalipse.



Não é a terra que será destruída, e sim "os que destroem a terra" (Ap.10:18b). Se os amados lerem os dois últimos comentários que fiz, entenderão meu ponto de vista com respeito à passagem onde Pedro diz que os elementos se fundirão, etc.

A Terra e toda o cosmos serão restaurados. Isso é inteiramente bíblico. Lemos em Atos que "convém que o céu O contenha (Jesus) até o tempo da restauração de todas as coisas" (At.3:21). Não diz que Cristo virá o tempo da destruição de tudo, e sim da restauração de tudo.

O novo céu e a nova terra não surgirão do nada como os originais, mas a partir dos que já existem.


Na verdade, não encontramos a palavra "arrebatamento" nas Escrituras, assim como não encontramos a palavra "Milênio".



O texto de Paulo diz que seremos arrebatados, isto é, tomados e levados ao encontro de Cristo que estará vindo nas nuvens do céu.



Não encontro respaldo bíblico consistente para se dizer que Ele nos encontrará e levará para o céu por um período de 7 anos. Primeiro, que no céu não há tempo cronológico como aqui. Um dos termos usados no Novo Testamento para referir-se à Vinda de Cristo é "Parousia". Esta palavra era usada para referir-se à vinda do Imperador a uma cidade. O povo saía ao seu encontro para recepcioná-lo e depois entrar com ele na cidade. Será isso que acontecerá no último dia. Sairemos ao Seu encontro para descermos juntamente com Ele.
Lembrem-se que a Nova Jerusalém descrita no Apocalipse desce do céu para a terra. E Paulo diz que em Cristo céu e terra convergiram.

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