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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Os livros apócrifos (deuterocanonicos)


O livros deuterocanônicas NUNCA haviam sido definidos DOGMATICAMENTE para toda a Igreja Católica como sendo obrigatório que os fiéis aceitassem até o 1546 no Concílio de Trento...
Lutero morreu no dia 18 de fevereiro de 1546. Foi somente no dia 8 de Abril do mesmo ano, no Concílio de Trento, que a a Igreja Católica definiu dogmaticamente, obrigatório que todo católico creia, que tais sete livros deveriam ser reconhecidos como parte do cânon.
Mas não entendam aqui que eu esteja dizendo que tais livros não eram reconhecidos dessa forma antes disso. Eles haviam sido reconhecidos dessa forma antes sim. Mas isso não havia sido definido DOGMATICAMENTE e portanto todo católico tinha o direito de decidir entre crer neles como parte do cânon ou não. Então antes das determinações de Trento, nós vamos encontrar muitos nomes de grande reconhecimento no catolicismo que não concordam com as decisões que só posteriormente seria decretado...




Santo Atanásio, por exemplo, escreveu no ano 367 DC, por ocasião da Festa da Páscoa, na (chamada) Espístola 39:



"Há, portanto, 22 Livros do Antigo Testamento, número que, pelo que ouvi, nos foram transmitidos, sendo este o número citado nas cartas entre os Hebreus, sendo sua ordem e nomes respectivamente, como se segue: Primeiro, o Gênesis. Depois, o Êxodo. Depois, o Levítico. Em seguida, Números e, por fim, o Deuteronômio. Após esses, Josué, o filho de Nun. Depois, os Juízes e Rute. Em seguida, os quatro Livros dos Reis, sendo o primeiro e o segundo listados como um livro, o terceiro e o quarto também, como um só livro. Em seguida, o primeiro e o segundo Livros das Crônicas, listados como um só livro. Depois, Esdras, sendo o primeiro e o segundo igualmente listados num só livro. Depois desses, há o Livro dos Salmos, os Provérbios, o Eclesiastes e o Cântico dos Cânticos. O Livro de Jó. Os doze Profetas são listados como um livro. Depois Isaías, um livro. Depois, Jeremias com Baruc, Lamentações e a Carta [de Jeremias], num só livro. Ezequiel e Daniel, um livro cada. Assim se constitui o Antigo Testamento".
Há fontes da salvação em que aqueles que têm sede podem saciar-se com as palavras vivas que contêm. Somente nelas está proclamada a doutrina divina. Que nenhum homem acrescente nada a elas, nem delas se apossem". Mas, para uma maior exatidão, acrescento também, escrevendo para não me omitir, que há outros livros, além desses incluídos no Cânon, indicados pelos Padres para leitura por aqueles recém-admitidos entre nós e que desejam receber instrução sobre a Palavra de Deus: a Sabedoria de Salomão, a Sabedoria de Sirac, Ester e Judite, Tobias, bem como aqueles chamados Ensinamento dos Apóstolos e o Pastor. Quanto aos primeiros, meus irmãos, foram incluídos no Cânon; mas os últimos são apenas para leitura..."


Vemos então que Santo Atanásio agora livros que ele não considerava como parte do cânon bíblico, mas somente útil para a leitura.
Na mesma carta, Santo Atanásio dá entender que ele não era nenhum isolado nesta opinião, mas que a lista que ele dá é a opinião comum:
"Doravante como alguns têm o propósito de assumirem entre eles os livros chamados apócrifos, e misturá-los com a Escritura divinamente inspirada, sobre a qual fomos convictamente instruídos... pareceu-me oportuno a mim impelido por irmãos verdadeiros e tendo a orientação dos primórdios, firmar para vós os livros incluídos no Cânon, transmitidos e confirmados como divinos, com o propósito de que, se alguém cair em erro possa acusar aqueles que o desviaram, e para que aqueles que continuam firmes na verdade possam de novo se alegrarem ao lhes serem tais fundamentos relembrados.
A lista dos livros que Santo Atanásio, no QUARTO século cita como sendo canônicos, ele afirma que está em concordância com a opinião comum de irmãos verdadeiros de seu tempo e que tem a orientação dos primórdios.
Isso, por si só, é suficiente pra desmenter o mito dos reformadores no século 16 retirando 7 livros da Bíblia que eram universalmente reconhecidos como Jerônimo...


"a Igreja lê os livros de Judite e Tobite e Macabeus, mas NÃO OS RECEBE ENTRE AS ESCRITURAS CANÔNICAS, assim também lê Sabedoria e Eclesiástico para a edificação do povo, NÃO como autoridade para a confirmação da doutrina."(Jerônimo, Prefacio aos Livros de Samuel e Reis)
Veja que Jerônimo, de forma alguma, emite uma opinião meramente pessoal, mas relata aquilo que era entendido pela Igreja.

A Enciclopedia Católica New Advent confirma a ópera toda:

Na Igreja latina, através de toda a Idade Média achamos evidência de vacilação acerca do carácter dos deuterocanónicos. Há uma corrente amistosa para com eles, outra distintamente desfavorável para com a sua autoridade e sacralidade, enquanto oscilando entre ambas há um número de escritores cuja veneração por estes livros é temperada por certa perplexidade acerca da sua posição exacta, e entre eles encontramos São Tomás de Aquino. Encontram-se poucos que reconheçam inequivocamente a sua canonicidade". Tanto que a questão só foi resolvida de fato na Igreja Católica depois que a Reforma já havia começado que em plena Reforma tem um monte de bispo e até cardeal que não aceitavam os chamados 'deuterocanônicos" como parte das Escrituras Sagradas canônicas em pé de igualdade com as Escrituras Hebreicas...




O cardinal Cajetan, um contemporâneo de Martinho Lutero, antes do Concílio de Trento acontece é um exemplo...



Em seu livro "Comentário de Todos os Livros Históricos Autênticos do Antigo Testamento", ele diz na conclusão:



"Aqui nós fechamos nossos comentários sobre os livros históricos do Antigo Testamento. Pois o resto (Judite, Tobias e os livros dos Macabeus) são contatos como São Jerônimo como fora dos livros canônicos e são citados como apócrifos junto com Sabedoria e Eclesiástes".



Isso foi escrito pelo Cardeal Carjean em pleno século 16. Evidentemente ele foi corrigido pelo Concílio de Trento logo após a morte de Lutero.
 
Jerônimo...


"a Igreja lê os livros de Judite e Tobite e Macabeus, mas NÃO OS RECEBE ENTRE AS ESCRITURAS CANÔNICAS, assim também lê Sabedoria e Eclesiástico para a edificação do povo, NÃO como autoridade para a confirmação da doutrina."(Jerônimo, Prefacio aos Livros de Samuel e Reis)     

Problemas nos livros apócrifos


Quanto olhamos nas páginas dos livros apócrifos, encontramos vários problemas. Por exemplo, nós os vemos defendendo o uso de magia, onde a fumaça de um coração de peixe sobre brasas expulsa maus espíritos.
Permitem o uso de magia
Tobias 6:4-8, "O anjo disse-lhe: Pega-o pelas guelras e puxa-o para ti. Tobias assim o fez. Arrastou o peixe para a terra, o qual se pôs a saltar aos seus pés. 5. O anjo então disse-lhe: Abre-o, e guarda o coração, o fel e o fígado, que servirão para remédios muito eficazes. Ele assim o fez. 6. A seguir ele assou uma parte da carne do peixe, que levaram consigo pelo caminho. Salgaram o resto, para que lhes bastasse até chegarem a Ragés, na Média. 7. Entretanto, Tobias interrogou o anjo: Azarias, meu irmão, peço-te que me digas qual é a virtude curativa dessas partes do peixe que me mandaste guardar. 8. O anjo respondeu-lhe: Se puseres um pedaço do coração sobre brasas, a sua fumaça expulsará toda espécie de mau espírito, tanto do homem como da mulher, e impedirá que ele volte de novo a eles."
É verdade que a fumaça vinda de um coração de peixe sendo queimado expulsa espíritos malignos? Claro que não. Esse tipo de ensinamento supersticioso não tem lugar na Palavra de Deus.

Ensina o perdão dos pecados através de esforços humanos

Salvação por obras:

Tobias 4:11, "Porque a esmola livra do pecado e da morte, e preserva a alma de cair nas trevas."
Tobias 12:9, "Porque a esmola livra da morte: ela apaga os pecados e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna;"

Dinheiro como oferenda pelos pecados dos mortos:
2 Macabeus 12:43-44, "Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, 44. porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles."
Alguém pode realmente aceitar que dinheiro é uma oferenda pelas pecados de pessoas mortas? Esse tipo de ensinamento supersticioso não tem lugar na palavra de Deus.

Erros Históricos

Judite 1:5, "Ora, no décimo segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor, que reinava sobre os assírios em Nínive, a grande cidade, fez guerra a Arfaxad, e venceu-os".
Baruc 6:2, "Quando chegardes a Babilônia, será para ficardes lá por muito tempo, durante longos anos, até sete gerações. Depois disso, porém, farei com que volteis em paz."

O livro de Judite ensina que Nabucodonosor era o rei dos assírios, sendo que na verdade ele era o rei da Babilônia.

Baruc 6:2 diz que os judeus serviriam na Babilônia por sete gerações, enquanto Jeremias 25:11 nos diz que foram 70 anos. "Toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; estas nações servirão ao rei da Babilônia setenta anos."

Conclusão

É óbvio que os livros apócrifos têm sérios problemas. De magia e salvação por obras até dinheiro sendo oferecido pelos pecados dos mortos, e fatos históricos claramente incorretos, eles estão cheios de ensinamentos falsos e não bíblicos. Eles não são inspirados por Deus. Da mesma forma, a Igreja Católica Romana, que declaro que os livros apócrifos são inspirados, também não é inspirada por Deus. Isso mostra que a Igreja Católica Romana não é o meio pelo qual Deus está comunicando sua verdade ao seu povo, que o Magistério errou muito, e que a Igreja Católica Romana está cheia de tradições falsas de homens, ao invés da verdade absoluta de Deus.

As bibla foi "montada" no seculo III o novo testamento pelos cristaos primitivos... o velho testameto ja exisia , e Jesus os aprovou na sua vinda, entao no ano 1.546 no Concilio d Tentro foram adicionados pela Igreja catolica os apocrifos a qual nao era reconhecido pelos judeus como inspirados..DÊPOIS DE 13 SECULOS foram adicinados, entao conluimos que nao foi o protestnismo que retirou nada da biblia e sim os catolicos que adicionram material "extra".

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